Qualquer dono de cachorro se preocupa com ele contrair algum dos três tipos de sarna. Há a otodécica, que é a sarna de ouvido; a demodécica, que é a sarna negra; e a escabiose canina, também conhecida como sarna sarcóptica.
O uso regular de um shampoo antipulgas é uma boa forma de prevenir essa doença. Mas conhecê-la, sobretudo suas formas de contaminação e seus principais sinais, é importante para proteger o seu pet. Conheça mais detalhes sobre a condição neste artigo.
Tópicos
O que é a escabiose canina?
Trata-se do tipo mais comum que aparece nos animais, sendo a única que pode ser transmitida do cão para os seres humanos. Por outro lado, ela raramente é transmitida para outros animais domésticos, como os gatos.
O Sarcoptes scabiei, um minúsculo ácaro, é o causador da doença, sendo que ela pode atingir o cachorro independentemente da idade, porte ou raça. A contaminação ocorre quando a ácaro fêmea deposita ovos no cão após “escavar um túnel” em sua pele, e esses ovos ficam incubados por um período de 3 a 5 dias.
O agente transmissor da doença também pode ficar no ambiente por até 21 dias, instalando-se em objetos como almofadas, sofás e mantas. Dessa forma, ele amplia sua capacidade de transmissão e pode infectar outros cachorros.
Quais os sintomas da escabiose canina?
Há vários sintomas que ajudam a identificar que o cão está com escabiose canina. Escoriações, pele avermelhada, crostas e queda de pelo, ocasionadas pelos túneis feitos pelo ácaro, são alguns deles. Com isso, o principal sintoma da doença é a coceira intensa que ela provoca, a ponto de o cachorro se ferir com as próprias patas e se morder.
Para confirmar o diagnóstico da condição de escabiose canina, o dono deve levar seu pet ao veterinário. Ele raspa uma parte da pele do cão para analisar se há a presença do animal por meio de um microscópio. Outra técnica utilizada, conhecida como “reflexo otopedal”, é verificar se o cão começa a se coçar ao ter a ponta das orelhas friccionadas.
Tratamento da escabiose canina
O tratamento da doença é feito a partir do uso de medicamentos, conhecidos como escabicidas. Seu uso deve ser feito com cautela, já que existem tipos, como a Ivermectina, que pode ser letal para raças como Collie, Border Collie e Sheepdog. Dessa forma, seu uso deve ser devidamente orientado pelo veterinário da sua confiança.
Outras formas de tratar a doença e matar o ácaro é por meio de injeções ou aplicação de shampoos específicos: a escolha adequada irá depender da avaliação do veterinário. O dono ainda precisa ter atenção redobrada após a cura da doença, já que é durante esse período que há a maior probabilidade do cão ter recontágio.
Prevenção
Para evitar que o seu companheiro seja contaminado pela escabiose canina, é importante manter a higienização regular e bem feita tanto dele quanto dos ambientes em que ele vive. O uso de shampoo apropriado para o seu cão e a tosa dos pelos são algumas dessas práticas, além da higienização regular de comedouros, bebedouros e brinquedos, assim como o cantinho em que ele dorme.
Por ser altamente contagiosa, também é fundamental que humanos e outros animais, sobretudo cachorros, evitem o contato com o animal infectado. Assim, enquanto ele estiver doente, procure mantê-lo isolado até que ele fique curado.
Escabiose em humanos
Os donos precisam ficar atentos, já que esse tipo de sarna pode ser transmitida aos humanos, que podem espalhar a doença com facilidade. Os sintomas mais comuns são a coceira intensa, que piora à noite, e o surgimento de lesões como bolinhas com relevo, ocorrendo sobretudo nas dobras da pele.
Para impedir a evolução da doença, é importante procurar um médico, que irá orientar sobre a correta medicação que precisa ser utilizada para sarar.